quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Esta é do general: "En Guinea Bissao solo vuelan los mosquitos". A carta que se segue é para - acertaram - o general!

"Senhor Aly,

Permita que lhe deseje, e ao Povo da Guiné-Bissau, um excelente ano de 2010. Deixei a Guiné-Bissau nos primeiros dias de janeiro de 2010, depois de uma longa estadia de dois anos nessa maravilhosa parte do mundo. Leio o seu blogue com assiduidade e prazer - serve-me de bussola e de barometro.

Por razoes ligadas à obrigaçao de reserva, nunca comentei nenhum assunto no blogue - o mais preciso e o mais informativo da sub-regiao. Mas, relativamente ao comportamento do general Verastegui, decidi passar à acçao e apoiar incondicionalmente a Sra. Marieta.

Recentemente, numa entrevista que concedeu ao jornal espanhol 'El Pais' e comentando sobre o poder de fogo da força aérea guineense, o general Verastegui respondeu sem condescendência: "En Guinea Bissao solo vuelan los mosquitos"... Isto nao é proprio de um diplomata em missao num pais estrangeiro, ainda que fale longe dos ouvidos das autoridades da Guiné-Bissau.

Mas a questao fundamental é esta: como é que um general da Guardia Civil espanhola (o equivalente à GNR portuguesa) pode ser o responsavel da estratégia de reforma do sector da segurança na Guiné-Bissau? O caso da Sra. Marieta é apenas mais um - o problema é que os outros calam-se com medo de perder o seu ganha-pao.

Mais grave ainda, é o facto de o general aconselhar o pessoal branco, estrangeiro, que trabalha na missao, a fugir do local de um hipotêtico acidente rodoviario, pois caso contrario seriam mortos pela populaçao.

Muito obrigada pela atençao,

Vlurena."