terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Aperte o cinto, a TAAG está a passar por cima da sua cabeça, e... vai aterrar no aeroporto errado!

É. Aconteceu mesmo. A 17 de abril de 2009, os militares de serviço no City Air Force Airport, em Lusaca, capital da Zâmbia, ficaram espantados quando viram 'cair' dos céus - e aterrar - um Boeing 737 da companhia de aviação angolana, a famosa TAAG.
Proveniente de Harare, no Zimbabué, o comandante...enganara-se: Em vez de se fazer à pista no aeroporto internacional de Lusaca, aterrou na estrutura aeroportuária desactivada, 14 quilómetros ao lado... Apesar de a aterragem ter sido perfeita, numa pista muito pequena, tanto o piloto como o co-piloto foram suspensos pela companhia, que considerou a situação grave.

Em 2005, um Boeing 747 foi penhorado depois de ter aterrado no aeroporto da Portela, em Lisboa: dívida superior a 1.7 milhões de euros do Estado angolano a uma empresa de exportação de fruta de Torres Vedras.

Mas a TAAG tem também pilotos que são uns autênticos fittipaldis dos céus. Em 2004, um aparelho deixa Luanda com destino a França. Aterra e sai da pista do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, com 140 passageiros a bordo. O relatório indicou que o avião aterrou em excesso de velocidade, só conseguindo parar 30 metros depois. Não houve vítimas, e a pista esteve encerrada durante 28 horas...

A 28 de junho de 2007, enquanto a União Europeia se preparava para 'cortar as asas' aos angolanos - dos céus e das cabeças dos europeus - a TAAG provou, da pior maneira, por que não merece sequer voar em Angola: nesse dia, um Boeing 737-200 descolou elegantemente com desino a Mbanza Congo (voo regular), e a seguir despenhou-se quando tentava aterrar. Das 78 pessoas a bordo, seis morreram, quando o avião, já no meio da pista, saiu dela e foi embater violentamente em dois edifícios, partindo-se ao meio.

A estreia dos acidentes mortais começara em 1983: um Boeing 737 com destino a Luanda, despenhou-se pouco depois de ter deixado a cidade do Lubango. Autoridades da aviação angolana disseram que se deveu a falha técnica, mas guerrilheiros da UNITA reivindicaram logo a seguir a façanha: fora um míssil!

Resultado destas e doutras aventuras, nada aconselhadas? A TAAG tem agora os seus quatro aviões de longo curso parados: dois Boeing 777-200 estão em Lisboa, entre eles o que 'bombardeou' Almada com peças que se deprenderam, crê-se, dos reactores. Outro está no Rio de Janeiro e outro ainda, um Boeing 747, em Johanesburgo, na África do Sul.

Eu, voar num avião da TAAG? Nem morto! AAS