segunda-feira, 14 de maio de 2012

Das duas, três!



'GOLPICIDAS' - A ser verdade a notícia veiculada esta tarde pela VOA (Voz da América) de que os EUA (através de alguém sem competência para tal) apoiam o 'presidente' da Guiné-Bissau imposto pela CEDEAO, então os golpes de Estado na Guiné-Bissau nunca acabarão. E quando ocorrer o próximo, a esmagadora maioria dos guineenses não vos darão sequer ouvidos. O guineense democrata, cansado, defender-se-á. Excusado será virem depois para cá com condenações ou 'tolerâncias zero'. O guineense deixou de contar com alguma comunidade internacional mesquinha e parcial. Selar-se-á o país, e trataremos uns dos outros. Para quê mesmo confiar nessa comunidade internacional, se deles só recebemos facadas nas costas? O crime, numa palavra: compensa.

VOU, NÃO VOU. AFINAL SEMPRE FOI. VÃO TODOS - Henrique Rosa, é o candidato empurrado por uma igreja católica cada vez mais na miséria e com o mesmo 'rebanho' desde há um século. Fora 'presidente da República de Transição' depois do golpe de Estado que depôs Koumba Yalá. É o hábito... Henrique Rosa, que sofreu uma derrota pesada nas urnas e caiu do pedestal...pode vir a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros do 'novo Governo' fantasma. PARA MEMÓRIA FUTURA: Foi o próprio Henrique Rosa que disse, na presença dos outros quatro contestatários, durante uma conferência de imprensa: "Por uma questão de ética(!) nós [os cinco contestários] não aceitamos nenhum cargo". Ouvimos todos e engolimos em seco. Das duas, três: ou o candidato do bronze não terá ouvido, ou não fez caso, ou andam, os cinco, a gozar connosco - o que me deixa zangado.

AGUENTAS - Assim são chamados, agora, os apoiantes civis do golpe de Estado de 12 de março. O nome, recorde-se, remonta à fatídica guerra civil de 1998/99, e foi dado às milícias treinadas na Guiné-Conacry, para defender Bissau - o último reduto de 'Nino' Vieira. No assalto final a Bissau, muitos morreram durante a tomada da capital pela Junta Militar comandada pelo brigadeiro Ansumane Mané, que foi depois assassinado durante o 'reinado' de Koumba Yalá. Os que sobreviveram foram feitos prisioneiros, detidos, e, posteriormente libertados, numa cerimónia bastante mediatizada.

E O 'PRIMEIRO'? - Parece que o 'primeiro-ministro' será de recurso, e não de consenso. Já ouvi falar em quatro nomes, mas não divulgo nenhum. O que sei, e tem-me tirado o sono, é isto: como irá o 'primeiro-ministro' e o seu 'Governo' buscar dinheiro à Europa, se todos eles serão alvos de sanções? Bom, mas como existe a Western Union e a Money Gram...

Boa noite. AAS