sábado, 28 de julho de 2012

Guiné-Bissau nas bocas do mundo...


O Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, aproveitou a viagem a Londres, onde esteve presente na abertura dos Jogos Olímpicos, para discutir a situação da Guiné-Bissau e de Timor Leste com o secretário-geral da ONU, disse à Lusa uma fonte diplomática. O encontro com Ban Ki-moon aconteceu durante uma receção no palácio de Buckingham pela rainha Isabel II aos chefes de Estado estrangeiros na sexta-feira, logo após a chegada de Cavaco Silva à capital britânica e antes da cerimónia de abertura. De acordo com fonte diplomática, apesar de o Presidente ter conversado com outros líderes estrangeiros, foi com o sul-coreano que manteve uma "longa conversa" que incidiu sobre os dois países lusófonos.

A propósito da situação na Guiné-Bissau, os dois comentaram um relatório divulgado recentemente pelas Nações Unidas "onde está expressa a conclusão que desde o golpe de Estado que aumentou o tráfico de droga", referiu a fonte diplomática à agência Lusa. O relatório de Ban Ki-moon, divulgado a 21 de julho, refere que também a situação humanitária se degradou desde o golpe de Estado de 12 de abril.

Já sobre Timor Leste, o tom foi mais positivo e os dois saudaram "o sucesso do processo de consolidação das instituições democráticas" naquele país e a evolução bem-sucedida do país, além de terem evocado questões de desenvolvimento e educação. O Presidente visitou Timor Leste em maio, durante a comemoração dos dez anos de independência, enquanto o secretário-geral da ONU tem, segundo a mesma fonte, prevista uma "deslocação em breve" a Díli.

No último dia da estadia em Londres, Cavaco Silva teve outro encontro diplomático inesperado com o homólogo alemão, Joachim Gauck, quando se encontraram durante uma visita às respetivas delegações nacionais na aldeia olímpica dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Acompanhados pelas respetivas mulheres, trocaram algumas de circunstância e marcaram encontro para a próxima reunião do grupo de Arraiolos, que junta informalmente nove chefes de Estado sem funções executivas, entre os quais o de Portugal e o da Alemanha. LUSA