domingo, 13 de janeiro de 2013

Ramos-Horta, agora mesmo, na SIC Notícias: excertos


O antigo presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, foi nomeado Representante Especial da ONU para a Guiné-Bissau. O Nobel da Paz vai substituir o ruandês Joseph Mutaboba, cujo mandato terminou a 31 de dezembro, na liderança do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz naquele país (UNIOGBIS). No Sociedade das Nações, emitida hoje, Ramos-Horta analisa os principais desafios da sua missão.

José Ramos-Horta tem como missão tentar ajudar a estabilizar a situação na Guiné-Bissau, onde sucessivos golpes militares e mudanças repentinas de governantes tem impedido que qualquer governo tenha conseguido cumprir o seu mandato por inteiro, desde a independência do país. Desde 12 de abril de 2012, na sequência de um golpe militar que derrubou o Governo e o Presidente de transição, a Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em abril.

Nesta entrevista, José Ramos-Horta discute as causas da atual crise guineense. O problema do narcotráfico e as divergências da comunidade internacional face ao governo de transição da Guiné-Bissau são dois dos principais temas em análise. Depois do golpe de 12 de abril, a CPLP, a ONU, a União Europeia e a União Africana retiraram o apoio às novas autoridades de Bissau, por não as reconhecerem.

EXCERTOS:

- "É necessário que os EUA usem os meios aéreos e navais para travar o tráfico de cocaína que entra na Guiné-Bissau";

- "A UE devia também pôr os seus meios à disposição para o combate à droga";

- "Os cartéis da droga dominam o poder na Guiné-Bissau";

- "As eleições devem ser bem pensadas e realizadas do ponto de vista técnico, logístico";

- "Não é segredo para ninguém que Angola surge como uma grande força em África";

- "Há uma relação muito grande entre a Guiné-Bissau e Angola. Combatentes guineenses estiveram juntos nas mesmas trincheiras com os seus irmãos angolanos na sua luta contra o regime sul-africano do apartheid";

- "A Guiné-Bissau não terá um aliado maior do que Portugal";

- "A Guiné-Bissau precisa de Angola"