quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Presidente da ANP discursou na assembleia nacional do Togo


Depois de saudar o seu colega e amigo Drama Dramani, Presidente da Assembleia Nacional do Togo pelo honroso convite que lhe formulou, que considerou como uma prova da excelência das relações de amizade e cooperação guineense-togolesa, o Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau teceu algumas considerações elogiosas sobre o papel que o Togo e as suas Instituições Republicanas desempenharam nos últimos dezassete anos.



Enumerou primeiramente que este país esteve do lado do povo guineense, quando o falecido Presidente Eyadema Gnassingbé conseguiu juntar na capital togolesa as partes envolvidas na guerra civil de 1998-1999 para a assinatura do Protocolo de Lomé que veio acionar o surgimento do Acordo de Abuja, facto que nos permitiu restaurar a paz e a ordem constitucional.

De seguida realçou o papel que o actual Presidente Faure Gnassingbé tem desenvolvido à causa da paz, da solidariedade e da democracia entre os nossos dois povos, quer a nível bilateral, como no quadro multilateral no seio da UEMOA, CEDEAO e da própria União Africana, relembrando que o Togo na sequência da crise político-militar de 12 de Abril de 2012 voltou a ter um papel decisivo.

Cipriano Cassamá ainda afirmaria, num discurso muito aplaudido por todos quantos enchiam o hemiciclo da Sede da Assembleia Nacional Togolesa, “que hoje, a resolução dos problemas que o Togo e a Guiné-Bissau enfrentam exigem uma abordagem que ultrapassa o quadro político nacional de cada um dos nossos países” e que nesta perspectiva, “só uma grande articulação e uma solidariedade cada vez mais estreita, vai-nos poder construir, tendo por base um diálogo positivo, as soluções mais adequadas para os problemas e dificuldades que enfrentamos”.

Ainda e na sequência da sua intervenção, Cipriano Cassamá sustentou que o mundo actual coloca ao continente africano muitos desafios, acrescentando que hoje não fazemos os debates que alimentaram o sonho dos nossos pais fundadores que defendiam a integração do nosso continente e com as atenções mais viradas para as questões de fronteira, mas sim hoje se discutem temas comuns que exigem respostas comuns numa África que, de uma economia de subsistência se sente obrigada a ser um actor directamente envolvido no sistema mundial, obrigando-a a procurar meios para melhor conseguir uma melhor coordenação política, para melhor se poder desembaraçar dos entraves criados pelo livre comércio, para poder ser um actor competitivo e capaz de poder resolver de maneira eficaz o seus problemas.

O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, num discurso atentamente escutado e aplaudido, afirmaria que, citamos, “os nossos países enfrentam os mesmos problemas de consolidação da sua ordem económica, bem como dos problemas relacionados com a integração económica na nossa sub-região, desafios de segurança à escala sub-regional, problemas ligados à competividade com a integração regional ao nível africano e no mundo, tomando em linha de conta as enormes exigências fixados por uma globalização imperativa”.

Concluindo este raciocínio, afirmou: “para que os nossos países possam integrar de maneira vantajosa na actual ordem internacional globalizada, nós ao nível de cada um dos nossos países devemos desembaraçar dos males que comprometem a esperança dos nossos povos no caminho do desenvolvimento e do progresso. Esses males são bem conhecidos de todos nós, a saber: a pobreza, a fome, a ignorância, as doenças, uma gritante falta de respeito para com os direitos humanos e um crescimento económico anémico” diria a concluir, o Presidente da ANP guineense.