segunda-feira, 21 de março de 2016

OPINIÃO: Uma afronta insuportável


"Estamos a assistir à mais patética aberração da actuação do Ministério Público contra um governo eleito democraticamente pelo povo guineense para governar. Definitivamente, o Homem guineense perdeu a noção da razoabilidade e decência.

Como pode o Procurador-geral da República ostentar com orgulho o rótulo de pau mandado do presidente Jomav? Esta máscara de sem vergonha (como dizem no Brasil), só é possível na Guiné-Bissau. Salta à vista de toda a gente que o Sedja MAN está a cumprir realmente o compromisso que assumiu quando ganhou o concurso para o cargo.

Não tem explicação este comportamento miserável e mesquinho do PGR. Como é possível deixar este procurador a seu bel prazer afrontar homens e mulheres governantes sem nenhum critério credivel e convivente? Porquê afrontar chefes de famílias que a única coisa que estão fazer é servir o seu país?

Está à vista de todos, o que move o PGR e o seu mentor é única e simplesmente o desejo de vingança e humilhação. Será que o PGR não tem consciência dos danos e prejuízos enormes económicos que está causar ao país com estes actos? Tem ideia que a gravidade das constantes perseguições que faz ao ministro da Finanças está a ter reflexos no NÃO desbloqueamento de fundos que era suposto entrarem no nosso tesouro público? Qual é o papel do Tribunal de Contas neste processo?

Não era suposto ser este órgão a questionar e vistoriar as contas e procedimentos das contas públicas, e no caso de detectar irregularidades comunicar os mesmos ao MP? Acontece que, tudo o que Sedja MAN está investigar são, na maioria dos casos, tão antigos como o mundo? Um procurador que actua como um fiscal do mercado?

Onde está coerência destas investigações? Até hoje o Sedja MAN não chamou nenhum antigo governante dos golpistas da 'transição' e quase todos com processos, desde o tráfico da droga, passando pelos passageiros sírios, à máfia das madeiras, das licenças de pescas, de assassinatos, de desvios de dinheiros e, cereja no topo do bolo, do FUNPI?

Esta obsessão, além de doentia, roça o ridículo e não dignifica a instituição. É já sabido do público em geral que a ruptura dentro do MP entre os magistrados. Alguns magistrados recusam entrar nesse jogo sujo, e recusaram mesmo cumprir ordens diretas do procurador e o caso mais evidente foi da juíza que recusou ouvir o DSP sob mandato.

O mal estar é evidente e há fuga de informações a denunciar as intenções do procurador. Ao governo do PAIGC/Carlos Correia, um desafio: É urgente uma tomada de posição de força contra o procurador e a organização de um protesto veemente com uma marcha a pé de todos os ministros e secretários de Estado até à porta da procuradoria com um slogan: DEIXEM-NOS GOVERNAR.

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